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Polinizando o Pampa completa seis meses com avanços e envolvimento
Projeto começou em outubro do ano passado com a entrega de dez caixas para cada um dos 15 produtores participantes
Divulgação - estímulo. Abelhas Jataí, sem ferrão, são distribuídas próximas a unidades de conservação ambiental
Meio ambiente. O projeto Polinizando o Pampa começou em outubro do ano passado com a entrega de dez caixas para cada um dos 15 produtores participantes, com propriedades localizadas próximas à Reserva da Vida Silvestre Banhado do Maçarico, à área de proteção ambiental Lagoa Verde e à Ilha dos Marinheiros. Em contrapartida, os produtores participam de capacitações, recebem mensalmente os pesquisadores nas suas propriedades e respondem questionários socioeconômicos e ambientais durante o projeto que tem previsão de duração de dois anos.
A iniciativa da Prefeitura de Rio Grande, juntamente com a Secretaria do Meio Ambiente, incentiva a criação de abelhas Jataí, sem ferrão, próximas a unidades de conservação ambiental. Essa espécie é incapaz de ferroar, sem que seja preciso equipamentos de proteção ou fumaça para o manejo. Por isso, elas podem ser criadas próximas de residências, inclusive em áreas urbanas. Com cerca de cinco milímetros de comprimento, essas pequenas trabalhadoras são gigantes na tarefa de manter a biodiversidade dos biomas brasileiros.
“É uma oportunidade de ajudar a incentivar a criação dessa espécie no nosso Município. O projeto é um espetáculo, pois estou tendo o apoio de profissionais e ainda poder repassar para minha família. Nossa contribuição é fazer um excelente trabalho de manuseio ao ponto que possamos expandir os enxames. Com isso nosso bioma Pampa ganha qualidade. Vamos passar para as demais gerações, para que se perpetue a espécie por aqui”, relata o pecuarista Rafael Cruz que possui uma propriedade na Apa da Lagoa Verde. Muitas espécies vegetais são totalmente dependentes das abelhas para que possam se reproduzir. Ao passar de flor em flor, as abelhas carregam o pólen e fazem a fecundação, gerando assim frutos com maior qualidade e em maior quantidade.
Em torno de 90% das espécies da Mata Atlântica dependem das abelhas sem ferrão para se reproduzirem. O Polinizando o Pampa chega em boa hora, já que um estudo feito pelo MapBiomas e uma Rede Nacional de Pesquisadores, Universidades e Ongs, mostrou que a vegetação está diminuindo. No ano passado cerca de 2,4 mil hectares foram degradados, 92% a mais em comparação a 2021. Eles apontam que para mudar esse cenário é necessário muito trabalho e engajamento da sociedade.
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